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COCAMAR: Rally de Produtividade visita municípios no entorno de Maringá

Em sua viagem inicial, na quarta-feira (17/10), o Rally Cocamar de Produtividade visitou os municípios de Ourizona, São Jorge do Ivaí e Ivatuba, no entorno de Maringá.

Em sua viagem inicial, na quarta-feira (17/10), o Rally Cocamar de Produtividade visitou os municípios de Ourizona, São Jorge do Ivaí e Ivatuba, no entorno de Maringá. A finalidade da iniciativa, já em seu quarto ano, e que tem o patrocínio máster das empresas Basf, Spraytec e Ford Center, é conhecer e difundir as boas práticas realizadas por produtores cooperados, seguindo orientação da cooperativa, para o aumento da produtividade das lavouras. Na quinta-feira (18/10), a viagem prosseguiu será para a região de Londrina (Alvorada do Sul, Primeiro de Maio, Sertanópolis e Sertaneja). O Rally, que segue até o final da safra 2018/19, é também patrocinado pelas empresas Agrosafra, Estratégia Ambiental, Sicredi, Sancor Seguros, Texaco Lubrificantes e Cocamar TRR, com o apoio da Unicampo, Cesb e Aprosoja-PR.

Mapa da produtividade – O circuito começou por Ourizona, a 40km de Maringá, onde a unidade local da Cocamar ficou em 2º lugar no ranking de produtividade da cooperativa, na safra anterior, com 146 sacas por alqueire (60,3/hectare), concorrendo com todas as outras, situadas nas regiões noroeste e norte do Paraná, oeste de São Paulo e leste do Mato Grosso do Sul. Só ficou atrás de Rolândia, próximo a Londrina.

Boas médias – “Os cooperados de Ourizona vêm sempre buscando novas tecnologias e, com isso, está havendo incremento de produtividade”, conta o técnico agrícola Claudemir Marinoci, da unidade local da Cocamar. “Estamos sempre alcançando boas médias tanto no solo misto quanto o de textura roxa”, menciona, incluindo que os produtores são receptivos a recomendações feitas pelos profissionais da cooperativa.

Tecnologias – O engenheiro agrônomo José Luiz Sossai, que integra a equipe da gerência técnica, conta que produtores como José Rogério Volpato, um dos que se destacam nessa região, fazem parte de um projeto de assistência técnica prestada pela cooperativa, com a participação de um grupo de cooperados interessados em acessar as mais avançadas tecnologias visando conseguir cada vez mais produtividade e rentabilidade.

Aprimoramento – Nesse grupo, explica Sossai, o engenheiro agrônomo faz um levantamento mais detalhado da área dos produtores, para basear a sua recomendação. A análise de solo do cooperado é georreferenciada, com o emprego de várias ferramentas, focando em zonas de investigação de menor tamanho, de cerca de 5 hectares, o que confere mais assertividade à análise. “Trabalhamos em detalhes para aprimorar ainda mais o trabalho deles”, observa.

Desafio – Integrante do Conselho de Administração da Cocamar, José Rogério Volpato tem o desafio de explorar todo o potencial produtivo da soja no latossolo e no arenito, regiões onde atua em propriedades próprias e arrendadas. Ele investe há dez anos no cultivo de braquiária em consórcio com o milho, no inverno, como parte de um amplo processo para a reestruturação do solo e a construção da fertilidade.

Seriedade – O produtor não brinca em serviço: com base na análise do solo, investiu no primeiro ano na incorporação de 6 toneladas de calcário dolomítico e 5 toneadas em superfície, por alqueire (2,42 hectares). No segundo ano, foram mais 5 toneladas de gesso agrícola na superfície, por alqueire; no terceiro, 800kg por alqueire para correção de fósforo e, no quarto ano, 5 toneladas de calcário calcítico em superfície, por alqueire.

Médias – Volpato fez a correção com fósforo e potássio em profundidade, destacando que a presença de boro e enxofre, micronutrientes aplicados na fase pré-plantio, tem feito a diferença. No último ciclo (2017/18), sua média de produtividade foi de 142 sacas/alqueire (58,6/hectare) no latossolo e 165 sacas/alqueire (68,1/hectare) no arenito. Para efeito comparativo, a média geral da Cocamar foi de 132 sacas por alqueire (54,5/hectare).

Semeadura – Até o último dia 17, o produtor já havia efetuado a semeadura em 70% de suas áreas, que totalizam cerca de 500 hectares. “Antecipamos um pouco no início, mas as chuvas seguidas têm dificultado a conclusão dos trabalhos”, explica Volpato.

Mais cedo – Na vizinha São Jorge do Ivaí, o cooperado Roni Deganutti conta que nunca teve um mês igual a setembro último. Em toda a sua vida como produtor de soja, o período mais precoce em que havia feito uma semeadura tinha sido o final de setembro, mais precisamente o dia 27. Neste ano, porém, ele decidiu que iria semear apenas uma pequena parte no dia 13, logo após o vazio sanitário (que terminou dia 10), mas acabou plantando em todos os 120 hectares.

Acerto – O resultado está na sua satisfação com o bom desenvolvimento da lavoura, favorecido pelo clima chuvoso que veio em seguida. “Nunca imaginei que fosse semear assim tão cedo”, comenta Deganutti, acrescentando que, com essa antecipação, já terá colheita em janeiro, o que também será positivo para a safra de inverno, pois, quanto mais cedo o milho for semeado, menor será o risco de enfrentar problemas com o frio. A média de produtividade de Deganutti tem ficado ao redor de 150 sacas/alqueire (61,9/hectare).

Antecipado – Em Ivatuba, o plantio começou ainda mais cedo: 12 de setembro. Segundo o engenheiro agrônomo Victor Palaro, da unidade local da Cocamar, a operação praticamente estava concluída no dia 27, restando pouquíssimas áreas que agora não se consegue completar por causa das chuvas. Vários produtores utilizaram sementes fornecidas pela Unidade de beneficiamento de Sementes (UBS) da cooperativa, entre os quais José Oscar Dante, que também faz parte do Conselho de Administração, e a família Mori. “Foi observada uma boa e uniforme germinação”, destaca

Menos sementes – Palaro chama atenção também para outro fato: a redução significativa que tem havido, nos últimos anos, em relação a quantidade de sementes utilizadas. Se antes os produtores chegavam a destinar até 22 grãos por metro linear, hoje é comum encontrar 10 e até mesmo 8 grãos por metro linear, como ocorre em diversas lavouras de Ivatuba. “Antes se jogava muita semente porque havia a expectativa de perdas. Hoje, os produtores confiam mais na qualidade das sementes, que apresentam melhor produtividade e a tecnologia de semeadura está muito avançada”, diz.

“Morredeira” – Em sua viagem, a equipe do Rally encontrou também regiões onde a soja vem enfrentando dificuldades. Em algumas delas, observou-se a chamada “morredeira”, um fenômeno causado pelo encharcamento temporário de solos compactados, o que deixa plantas em emergência suscetíveis ao ataque de fungos do solo. Segundo o engenheiro agrônomo Juliano Fadoni Filho, da unidade da cooperativa em São Jorge do Ivaí, quando isso acontece o produtor se vê obrigado a efetuar o replantio, despendendo recursos na compra de sementes e adubo, gastos com óleo diesel e com a dessecação da área.

Solução – “Se ele fizer rotação de culturas e o plantio de braquiária no inverno, em consórcio com o milho, terá um bom caminho na busca pela solução, com um investimento muito menor em relação a essas perdas que são recorrentes”, afirma Fadoni, explicando que a compactação geralmente está associada ao binômio soja-milho.

Tecnologia – No município de Ivatuba, assim como nos demais atendidos pela cooperativa a “morredeira” tem sido prevenida, em grande parte, com o uso de sementes certificadas que passam por tratamento industrial completo, com fungicida, inseticida e polímeros. Nesta safra parte dos cooperados já teve acesso às sementes produzidas pela UBS Cocamar, que combinam a qualidade com a tecnologia do tratamento industrial.

 

FONTE: IMPRENSA COCAMAR

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